DO PARADIGMA DA COMUNICAÇÃO AO PARADIGMA DA ACÇÃO: será que a abordagem da acção favorece a aprendizagem da compreensão e produção da escrita em língua francesa para fins específicos (F.F.E.)?

  • David Cumbane Faculdade de Letras e Ciências Sociais, Universidade Eduardo Mondlane (UEM)

Resumo

Neste estudo a questão central é saber se o paradigma da acção favorece a aprendizagem da compreensão e produção da escrita num contexto de ensino e aprendizagem da língua francesa de relações internacionais e diplomacia. Assim, mobilizamos, por um lado, as teorias em questão (paradigmaa comunicação e paradigma da acção) e, por outro, construímos dois programas em língua francesa de relações internacionais e diplomacia, o primeiro comunicativo e o segundo de acção. Dois questionários, um do paradigma da comunicação e outro do paradigma da acçãooram construídos para um corpus de sessenta indivíduos. Assim, em fevereiro de 2014 foram administrados os pré-testes de comunicação e de acção. Os pόs-testes tiveram lugar em maio de 2014. Feitas as correcções, a análise dos dados conduziu-nos aos resultados seguintes: o paradigma comunicativo (100% contra 96.7% do paradigma da acção) favorece o ensino da compreensão da escrita para fins específicos, enquanto que o paradigma da acção favorece o ensino da produção da escrita para fins específicos pois registou uma progressão de 36.7% contra 30.3% do paradigma de comunicação.

Referências

CECRL. Division des Langues vivantes. Strasbourg: Conseil de l’Europe, DidacTICLangue, 2000..
CUMBANE, D. Du paradigme de communication au paradigme de l’action: est-ce que l’approche actionnelle favorise l’enseignement du français sur objectifs spécifiques F.O.S. ?, 2016. Thèse (doctorat sous de direction de Pierre Larrivée). CRISCO, Université de Caen Normandie, France, 2016. 355 p.
Evelyne B. L’approche communicative : théorie et pratiques, 1991. pp 62-63.
MARTINET, A. Eléments de linguistique générale. Paris: Armand Colin, 2005.
BERARD, E. L’approche communicative, théories et pratiques. Paris : CLE international, 1991.
BOURDIEU, P. Ce que parler veut dire, Economie des échanges linguistiques. Paris : Fayard, 1982.
CARRAS, C., KOHLER, P., SJILAGYI, E., TOLAS, J. Le français sur objectifs spécifiques et la classe de langue. Paris: CLE International, 2007.
CECRL. Apprendre, enseigner, évaluer. Paris: Conseil de l’Europe, Didier, 2001.
CUMBANE, D. Une proposition de curriculum de français sur objectifs spécifiques pour la première année de F.L.E de l’institut supérieur des relations internationales de Maputo, Mémoire de Master Sous la direction de Souchon M. Vol I : texte principal, 88 p. et Vol II, Annexes, 300 p.2008.
LEHMANN, D. Objectifs spécifiques en langue étrangère. Paris: Hachette, 1993.
MANGIANTE, J.M., PARPETTE, C. Le français sur objectif spécifique : de l’analyse des besoins à l’élaboration d’un cours. Paris: Hachette, 2004.
MOURLHON-DALLIES, F. Enseigner une langue à des fins professionnelles. Paris : Didier, 2008.
PUREN, C. De l’approche par les tâches à la perspective co-actionnelle. Les Cahiers de l’Apliut, v 23, n 1, p. 10-26, 5-7 juin 2003.
PUREN, C. Perspectives actionnelles et perspectives culturelles en didactique des langues: vers une perspective co-actionnelle co-culturelle. Les langues modernes, n.3, 2002. p. 55-71.
RICHER, J.-J. Le français sur objectifs spécifiques (F.O.S.), une didactique spécialisée ? Synergies Chine, n.3, p. 15-30. 2008.
Publicado
2025-04-18
Secção
Artigos