Revista Científica da UEM. Série Ciências Agronómicas, Florestais e Veterinárias http://revistacientifica.uem.mz/revista/index.php/cafv <p>A Série Ciências Agronómicas, Florestais e Veterinárias é uma série de publicação da Revista Científica da UEM (RC-UEM), publicada pela Unidade Editorial da Revista Científica da Universidade Eduardo Mondlane. É de <em>Acesso Livre, </em>bianual e tem como principal objectivo difundir os resultados das actividades científicas realizadas por docentes e investigadores da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e de outras instituições de ensino superior e de investigação na área das Ciências Agronómicas, Florestais e Veterinárias<strong>.<br />ISSN: 2411-0760<br /></strong></p> Unidade Editorial da Revista Científica da UEM pt-PT Revista Científica da UEM. Série Ciências Agronómicas, Florestais e Veterinárias 2411-0760 Dicephalus em vitelo de búfalo da água na Zambézia, Moçambique http://revistacientifica.uem.mz/revista/index.php/cafv/article/view/69 <p>Em Março de 2007 em Nicoadala-Quelimane, província da Zambézia, nasceu um vitelo de búfalos de água (<em>Buballus buballus</em>) com duas cabeças. O vitelo nasceu dum efectivo de 320 búfalos de água e viveu um dia. O cadáver foi enviado para o laboratório central da Direcção de Ciências Animais (DCA) em Maputo. Uma equipe desta instituição e da Faculdade de Veterinária da Universidade Eduardo Mondlane fez o estudo das alterações morfológicas presentes, dissecando o cadáver após fixação por infiltração de formalina a 10%. Os resultados deste estudo mostram que as anomalias congênitas envolvendo duplicação da cabeça podem acontecer de forma muito variável por indivíduo bem como por espécie. As anomalias presentes neste caso foram de grande severidade que levaram a morte do animal em algumas horas.</p> Mário Z. J. Elias Simone I. Magalo Claudio Laísse Roberto G. Insua João Maria Afonso Sussuro Rosa F. Costa Costa Cesaltina M. Tchamo Direitos de Autor (c) 2020 Mário Z. J. Elias, Simone I. Magalo, Claudio Laísse, Roberto G. Insua, João Maria, Afonso Sussuro, Rosa F. Costa Costa, Cesaltina M. Tchamo https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2021-02-14 2021-02-14 1 2 Editorial http://revistacientifica.uem.mz/revista/index.php/cafv/article/view/64 Aidate Mussagy Manuel Mangue Direitos de Autor (c) 2020 Aidate Mussagy, Manuel Mangue https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2021-02-14 2021-02-14 1 2 Estimativa de biomassa e carbono da espécie Afzelia quanzensis Welw. na plantação de Michafutene, Província de Maputo http://revistacientifica.uem.mz/revista/index.php/cafv/article/view/65 <p>A degradação das florestas naturais tem colocado em risco algumas espécies de grande valor sócio-económico, tal como <em>Afzelia</em> <em>quanzensis</em> (chanfuta), pelo que a recuperação e conservação de áreas florestais reveste-se de grande importância. Estabelecida entre 1930 e 1960, a plantação de Michafutene constitui um importante repositório de carbono. Este estudo foi levado a cabo com o objectivo de avaliar o potencial de sequestro de carbono da mata de Michafutene. Foram seleccionadas 33 árvores de chanfuta, abatidas e pesadas em três componentes (ramos grossos, ramos finos e tronco), para obtenção dos pesos fresco e seco (kg). Estabeleceram-se 30 parcelas aleatórias (50m x 20m) onde se avaliaram todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito superior ou igual a 10cm para posterior estimativa da biomassa (Mg/ha). O carbono (MgC/ha) foi estimado utilizando o factor de conversão de 0,5 da biomassa. Os resultados deste estudo revelaram que, a maior contribuição de biomassa provém dos ramos grossos (46%), seguida dos ramos finos (30%) e tronco (24%). O melhor ajuste foi obtido pela equação: [PST = exp (-2,34 + 2,43lnDAP); R<sup>2</sup>aj. = 0,91; RMSE = 0,26]. Usando este modelo, estimou-se a biomassa média em 17,59 Mg/ha e a densidade de carbono em 8,80 MgC/ha. Estes resultados indicam que a mata de chanfuta de Michafutene tem potencial para contribuir para o sequestro de carbono e assim, apoiar na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Contudo, medidas de gestão devem ser tomadas em consideração para preservar esta importante área de conservação <em>ex-situ</em>.</p> Julieta L. Jetimane Ana I. Ribeiro Barros Natasha S. Ribeiro Direitos de Autor (c) 2020 Julieta L. Jetimane, Ana I. Ribeiro Barros, Natasha S. Ribeiro https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2021-02-14 2021-02-14 1 2 Efeito da combinação de doses de potássio e variedades no rendimento e qualidade da batata-doce de polpa alaranjada (Ipomoea batatas (L.) Lam) http://revistacientifica.uem.mz/revista/index.php/cafv/article/view/66 Dionísio J. Varela D. A. Chongo Zélia Menete Roland Brouwer Carvalho C. Ecole Direitos de Autor (c) 2020 Dionísio J. Varela, D. A. Chongo, Zélia Menete, Roland Brouwer, Carvalho C. Ecole https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2021-02-14 2021-02-14 1 2 Efeito da interacção entre a diatomite e cipermetrina no controlo das brocas na cultura de milho (Zea mays L.) http://revistacientifica.uem.mz/revista/index.php/cafv/article/view/67 <p>As brocas das lepidopteras <em>Chilo partellus</em>, <em>Busseola fusca</em> e a <em>Sesamia calamistis</em> constituem as pragas mais importantes do milho em Moçambique. Um dos métodos mais usado para o controlo das brocas é o uso de insecticidas, o que muitas vezes cria problemas ao ambiente, para além dos custos da sua aquisição. Devido à necessidade de encontrar outras alternativas de controlo mais eficientes foi realizado o presente estudo com o objectivo de avaliar a interacção entre a cipermetrina e diatomite no controlo das brocas na cultura de milho. O estudo foi realizado no campo experimental da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da Universidade Eduardo Mondlane, tendo sido usado o delineamento de blocos completos casualizados com seis (6) tratamentos e três (3) repetições. Os tratamentos usados foram: diatomite a 5 e 10 g/L, cipermetrina 0,25 ml/L, mistura diatomite e cipermetrina e o controlo. As variáveis analisadas incluiram: altura das plantas, diâmetro do caule, número de entre-nós, entre-nós danificados, comprimento do túnel, peso da espiga, densidade e &nbsp;abundância das brocas. O maior dano foi registado no tratamento de controlo e o menor dano foi registado nas misturas diatomite 10 g/L + cipermetrina 0,25ml/L e diatomite 5 g/L + cipermetrina 0,25 ml/L. A interacção entre cipermetrina 0.25 ml/L e diatomite nas doses de 5 e 10 g/L foi classificada como sendo aditiva.</p> Hector V. Motatano Tomás F. Chiconela Direitos de Autor (c) 2020 Hector V. Motatano, Tomás F. Chiconela https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2021-02-14 2021-02-14 1 2 Potencial alelopático do extracto de ramos terminais de Casuarina equisetifolia em estacas e sementes de Ipomoea pes-caprae (l.) R.br e Canavalia rosea (Sw.) DC. http://revistacientifica.uem.mz/revista/index.php/cafv/article/view/68 <p>Na zona costeira da Cidade de Maputo a <em>Casuarina equisetifolia</em> é comum pelo seu uso como estabilizador de dunas e quebra-ventos. Esta espécie possui potencial para colonizar áreas abertas nas dunas, substituíndo a vegetação nativa e ameaçando a diversidade biológica, num fenómeno denominado alelopatia. O presente estudo teve como objectivo avaliar o potencial alelopático do extracto aquoso de ramos terminais de C.<em> equisetifolia</em> na germinação de sementes e crescimento de <em>Ipomoea pes-caprae </em>e <em>Canavalia rosea</em>. Para tal, foram colocadas sementes e estacas de ambas espécies em solo sob diferentes concentrações de extracto aquoso de ramos terminais de C.<em> equisetifolia </em>a 0%, 25%, 50%, 75% e 100%<em>. </em>No final da experiência, a germinação das sementes de <em>I. pes-caprae </em>mostrou maior sensibilidade ao efeito alelopático do extracto de C.<em> equisetifolia </em>do que C.<em> rosea</em>. A germinação decresceu com o aumento da concentração do extracto atingindo valores significativos a 100% e 50% para C. <em>rosea</em> e I. <em>pes-caprae</em>, respectivamente. Em estacas, o número de folhas de C. <em>rosea </em>decresceu com o aumento da concentração do extracto de C.<em> equisetifolia</em> enquanto que em I. <em>pes-caprae </em>apresentou um aumento significativo a 50%. A sobrevivência das estacas decresceu significativamente a 100% e 50% do extracto de C.<em> equisetifolia</em>, em C.<em> rosea </em>e I. <em>pes-caprae</em>, respectivamente. Os resultados indicam que a C.<em> equisetifolia</em> exerce um efeito alelopático sobre as espécies nativas pioneiras das dunas, o que justifica a escassez de vegetação sob suas copas, sendo um factor a considerar quando usada na recuperação da vegetação nessas áreas.</p> Célia Martins Luís Sousa Íris Victorino Sónia Guilundo Síntia Tamele Orlando Quilambo Direitos de Autor (c) 2020 Célia Martins, Luís Sousa, Íris Victorino, Sónia Guilundo, Síntia Tamele, Orlando Quilambo https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2021-02-14 2021-02-14 1 2