O PAPEL DAS ESCOLAS NA MACHAMBA DO CAMPONÊS NA SUSTENTABILIDADE DE PROGRAMAS DE EXTENSÃO AGRÁRIA
Palavras-chave:
sustentabilidade, capacitação, extensão agrária, escola na machamba do camponêsResumo
Em resposta aos desafios do Desenvolvimento Sustentável (DS), ocorrem várias intervenções envolvendo vários actores. Entretanto, a forma como os projectos são desenhados, nem sempre assegura a durabilidade de suas acções. Quando um projecto não deixa sinais de continuidade, junto aos grupos alvo, designa-se não-sustentável. Visando promover a sustentabilidade de programas, as reformas decorrentes na extensão agrária priorizam o uso de abordagens participativas. Para tal, introduzem-se formas mais apropriadas de difusão de tecnologias e de conhecimentos junto dos produtores, como a metodologia designada Escola na Machamba do Camponês (EMC). O presente trabalho visa identificar a contribuição das EMCs na sustentabilidade das acções promovidas por programas de extensão agrária. Consiste numa revisão bibliográfica analisando os resultados decorrentes da implementação de programas de implementados em Moçambique, tendo como subsídios, experiências decorridas noutros países, sobretudo em Filipinas e Quénia. Os resultados permitem compreender os aspectos institucionais e metodológicos da disseminação de tecnologias e de conhecimento pelas EMCs e sua contribuíção nos pilares do DS. O estudo concluiu que as EMCs podem contribuir para o DS e para a durabilidade de acções pós intervenções. Os mecanismos de difusão das experiências ganhas nas EMCs baseiam-se em redes informais, as quais se encarregam de dar seguimento às acções iniciadas. O facto de as EMCs investirem mais tempo na capacitação de produtores, inter alia respeitando o contexto sociocultural e cumprirem, com algum rigor, os princípios estabelecidas para a sua operacionalidade, permite a apreensão do saber pelos produtores, contribuindo para a promoção da sustentabilidade das intervenções iniciadas.
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